quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ex-fiel será indenizado por doar carro à Universal - Fonte Rede bom dia



Agência BOM DIA

A Igreja Universal do Reino de Deus deve ser notificada na próxima semana para quitar uma indenização de R$ 9 mil. A determinação é do Juizado Especial Cível de Fernandópolis, que entendeu que a igreja lesou o ex-fiel A.M.P., ao descumprir uma promessa de sucesso financeiro.

Segundo o advogado da vítima, Anderson Godoy Sartoreto, o autor da ação doou um carro à Universal durante um culto religioso, em 2007, com a promessa de obter prosperidade, que nunca veio.


Pastor afirma que sentença é inédita


O pastor da Universal em Fernandópolis, Silvio Simeão Ribeiro, informou que ainda não foi notificado sobre a sentença, proferida pelo juiz Maurício Ferreira Fontes e que ela é inédita na cidade.Como a sentença é de primeira instância, ainda cabe recurso.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Prefeito de Moscou diz que orgulho gay é satânico

Yury Luzhkov, prefeito de Moscou, diz que as paradas do “orgulho gay” são “satânicas” e promete continuar proibindo-as, de acordo com informações das agências de notícias internacionais.

“Durante anos, Moscou vem se confrontando com pressões sem precedentes para ter uma parada gay, que só pode ser descrita como um ato satânico”, Luzhkov disse para a agência noticiosa Interfax nessa quinta-feira, 11. “Não estamos de forma alguma autorizando tal parada e não vamos autorizá-la no futuro. Não deveríamos desperdiçar tempo com todas essas bobagens de direitos humanos. O que temos de fazer é reprimi-la com a total força da lei”.

As marchas mundiais de “orgulho gay” são caracterizadas por exibições descaradas de nudez, gestos obscenos e até atos sexuais em público por parte dos participantes.

Os ativistas homossexuais tipicamente usam tais paradas para insensibilizar o público para sua conduta perigosa, que está ligada a muitos transtornos médicos e psicológicos.

No passado, a prefeitura de Moscou buscou combater os organizadores da “parada gay” prendendo e multando os participantes. Os ativistas homossexuais responderam apresentando queixas no Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que até agora recusou dar sua decisão sobre os casos.

Luzhkov fez comentários semelhantes em 2007, depois da fracassada “parada gay” de 2006, em que ele também chamou a parada de “satânica”. Ele recebeu apoio do Patriarca Ortodoxo de Moscou e os líderes islâmicos e judeus russos têm também as mesmas opiniões dele.

Data: 5/4/2010Fonte: Júlio Severo

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Leitor diz que a igreja católica não tem ligação com o carnaval - Pastor Alexandre Farias refuta a colocação

Quero colocar a mensagem deixada pelo Jeferson. A minha intenção é apenas colocar os artigos para que a verdade venha ser conhecida. Tenho amigos católicos, nunca tive problema algum com eles, mas eu não nego as verdades bíblicas e também a história – seja ela da religião que for.

Reconheço o erro de muitas igrejas evangélicas, dos propósitos totalmente distorcidos por algumas e o que serve de regra para todas as coisas é a Bíblia.

Artigo O carnaval e a igreja católica romana

Link do artigo http://respondendoasseitaseheresias.blogspot.com/2009/02/o-carnaval-e-igreja-catolica-romana.html


Então, vamos ao e-mail do leitor Jeferson e a minha resposta:

E-mail do Jeferson:

jefesson smidti deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O carnaval e a igreja católica romana":

"A tentativa da Igreja Católica Romana na cristianização do carnaval e sua atual justificativa é totalmente inconseqüente, infeliz e irresponsável. Não existe uma referência bíblica sequer favorável ao seu argumento. Pelo contrário." (parte do seu texto).”

Desde quando pastor, o senhor viu ou ouviu dizer que a Igreja Católica tenta cristianizar o carnaval, na verdade ela sempre foi contra a essa permessividade, uma prova disso são os retiros espirituais realizados nas diversas partes do Brasil e do mundo na época do carnaval, exatamente para tirar o fiel desse meio pecaminoso, colocando-o em constante condição de oração.

O caro pastor deveria se informar mais, e deixar de ser tão tendencioso, pois também está escrito: "que o mentiroso irá arder no lago de fogo em exofre, que será a sua segunda morte" (Apocalipse 21,8) e nesse contexto também se enquadra quem sabe a verdade e a omite, buscando intersse próprio.

Que Deus lhe abençôe sempre que fizer aquilo que Ele prescreve na Sua Palavra, já que somente com a verdade é que estaremos libertos, como está escrito:i "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8, 32).



Resposta Pr. Alexandre Farias

Não fique bravo comigo, eu amo todos vocês.

Jeferson, basta você ver a história do carnaval e as festas que levam o carnaval para dentro da própria igreja católica. Basta ver os bailes “católicos” que vemos televisionados (canal 20 – no meu) pela canção nova e os bailes de outros padres. (veja os vídeos abaixo)

Estes retiros espirituais são mais bailes do que propagação da palavra de Deus, é a mesma coisa que santificar o pecado para se tornar sagrado. É a mesma coisa de jogar água benta no carnaval para que o demônio saia e entre a brincadeira santificada – mas a essência do baile é a mesma.

Eu também vejo que algumas igrejas evangélicas que querem fazer o mesmo, isso não faz dela a correta ou melhor que a católica, mas está no mesmo problema.

Não estou mentindo Jeferson , eu não omito a verdade, não preciso disto.
Não preciso ser tendencioso, nem mentiroso, nem buscar interesse próprio – Você citou corretamente o versículo bíblico de AP. 21v.8 – "que o mentiroso irá arder no lago de fogo em exofre, que será a sua segunda morte" (Apocalipse 21,8) e nesse contexto também se enquadra quem sabe a verdade e a omite, buscando interesse próprio.

A verdade é esta: que a igreja católica não conseguiu acabar com a festa e inseriu a festa no seu calendário – Da mesma forma fez com a festa do dia dos mortos que no calendário pagão é a festa de Samahaim.

Jeferson, talvez você não tenha entendido o que está escrito - leia novamente : “Outra corrente de pensamento entende que o carnaval teve sua origem em Roma. Enquanto alguns papas lutaram para acabar com esta festa (Clemente, séculos IX e XI, e Benedito, século XIII), outros, no entanto, a patrocinavam.

A ligação desta festa com o povo romano tornou-se tão sólida que a Igreja Romana preferiu, ao invés de suspendê-la, dar-lhe uma característica católica.

Devido à sua origem pagã, e pelo fato de ser uma festa um tanto obscena, a relação entre a Igreja Romana e o carnaval nunca foi amigável. No entanto, o que prevaleceu por parte da igreja foi uma atitude de tolerância quanto à essa manifestação, até porque a liderança da igreja não conseguiu eliminá-la do calendário.

A solução, então, foi: se não pode vencê-los, junte-se a eles. Daí, no século XV, a festa da carne, por assim dizer, foi incorporada ao calendário da igreja, sendo oficializado como a festa que antecede a abstinência de carne requerida pela quaresma: Por fim, as autoridades eclesiásticas conseguiram restringir a celebração oficial do carnaval aos três dias que precedem a quarta-feira de cinzas (em nossos tempos, alguns párocos bem intencionados promovem, dentro das normas cristãs, folguedos públicos nesse tríduo a fim de evitar que sejam os fiéis seduzidos por divertimentos pouco dignos).

O carnaval é um exemplo real da sobrevivência do paganismo, com todos os seus elementos presentes. É a explicita manifestação das obras da carne: adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes."

Mas podemos questionar algumas coisas...

Como alguns padres realizam bailes de carnavais nos supostos retiros espirituais?
Se o interesse é retirar o carnaval dos católicos, porque levam os bailes nos seus retiros?
Talvez você não conheça a verdade sobre o carnaval e a igreja católica. Que Deus lhe de sabedoria para ver a verdade, pois como você mesmo escreveu - "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8, 32).

Veja alguns vídeos dos carnavais católicos: “Você precisa admitir que não foi eu que postei estes vídeos, mas alguém que estava lá.”



Participacao do Pe. Jason no Carnaval Catolico em S. Miguel





Para não falar que eu coloquei um vídeo mentiroso, veja que até neste carnaval católico foi realizada a Eucaristia:




DURANTE O PERIODO EM QUE OCORRE A MAIOR FESTA POPULAR DO PAIS. A RENOVAÇÃO CARISMATICA CATÓLICA REALIZA O ARRARAI - CARNAVAL COM CRISTO.




O depoimento do rapaz diz tudo: Só aqui o CARNAVAL COM CRISTO TEMOS A VERDADEIRA ALEGRIA - SERIA POSSÍVEL TER O CARNAVAL COM CRISTO?

Veja - A Igreja católica até faz vinheta para chamar os seus fiés para o carnaval.



Jeferson, acho que você viu e é impossível dizer que a Igreja Católica não realiza o carnaval, seja ele da forma que for - todo e qualquer cristão deve ficar longe de qualquer tipo de festa que leva a carne em primeiro lugar.

Você pode postar até videos de igrejas evangélicas que podem fazer o mesmo - mas a minha opinião é que pela palavra de Deus - eles es´tão errados também.

Eu não sou levado por um movimento, uma igreja, uma denominação, um grupo de pessoas, mas pela verdade que existe nas escrituras sagradas.

Deus abençoe a sua vida e que você possa sempre estar firme nas escrituras sagradas.

Dues abençoe

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Espiritismo - Religião ou Filosofia?

É muito comum entre alguns kardecistas a ideia de que o espiritismo deve ser encarado somente como uma filosofia de vida e não como uma religião.

Na verdade, não estão corretas as declarações dos que assim pensam, especialmente quando alegam que o próprio Allan Kardec teria afirmado, sucessivamente, que o espiritismo sempre foi uma filosofia. O contrário é que é verdadeiro. Ou seja, Allan Kardec sempre afirmou que o espiritismo era uma religião, e fez isso de modo enfático, segundo consta em seus livros.


Naturalmente, se existe dúvida quanto à finalidade do espiritismo, não é porque Allan Kardec não foi claro ao expor seu posicionamento. O que ocorre é que é conveniente aos espíritas manter as duas posições, segundo seus interesses em ganhar novos adeptos nos diversos meios em que se estabelece.

Em certos lugares, de classe média ou alta da sociedade, o espiritismo procura se expressar com a ideia e conceitos de uma filosofia, isto é, filosoficamente. E, como filosofia, pode envolver, sem grandes obstáculos, o eventual adepto que já possui uma religião.

Na maioria das vezes, especialmente no Brasil, os católicos, quando interrogados, confessam ser tradicionais, porém, não muito familiarizados com os dogmas romanos, não tendo, portanto, muita compreensão das incompatibilidades doutrinárias entre sua religião e o espiritismo. Assim, com facilidade, o espiritismo se introduz na vida de muitos "católicos romanos" como se fosse apenas uma filosofia de vida.

Quando o espiritismo kardecista adquire a confiança do novo adepto já conquistado, então seus arautos apregoam abertamente que se trata de uma religião, e se ufanam de seguir a terceira revelação de Deus aos homens. Não é sem razão que Jaci Régis, um dos representantes do grupo, afirma que o Brasil, atualmente, é o país que concentra o maior número de espíritas no mundo.

Pelo censo do IBGE de 2000, os espíritas brasileiros somam três milhões. E, segundo Jaci Régis, noventa por cento deles adotam a doutrina como religião, não como filosofia.


Contradições de Allan Kardec
Como ocorre com outras organizações religiosas que não querem assumir seu caráter religioso, o espiritismo, a princípio, nega sua condição.

Falando por um lado da boca, Allan Kardec afirma: "O espiritismo é, antes de tudo, uma ciência, e não cuida de questões dogmáticas. Melhor observado, depois que se generalizou, o espiritismo vem derramar luz sobre um grande número de questões, até hoje insolúveis ou mal compreendidas. Seu verdadeiro caráter é, portanto, o de uma ciência e não de uma religião" (grifo do autor). 1


Contudo, falando pelo outro lado da boca, declara: "O espiritismo foi chamado a desempenhar um papel imenso na terra. Reformará a legislação tantas vezes contrária às leis divinas; retificará os erros da História; restaurará a religião do Cristo, que nas mãos dos clérigos se transformou em comércio e tráfico vil; instituirá a verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai direto a Deus, sem se deter às abas de uma sotaina ou nos degraus de um altar" (grifo do autor). 2

Enfatizando a condição de religião do espiritismo, Kardec expressa: "Aproxima-se a hora em que terás de declarar abertamente o que é o espiritismo e mostrar a todos onde está a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. A hora em que, à face do céu e da terra, deverás proclamar o espiritismo como única tradição realmente cristã, a única instituição verdadeiramente divina e humana" (grifo do autor). 3
Portanto, Allan Kardec, inegavelmente, reivindicou ser o espiritismo uma religião. Afirmou ser a verdadeira religião, superior a todas as outras, ainda que alguns de seus adeptos insistam em alegar que o espiritismo seja somente uma filosofia ou ciência.


A terceira revelação de Deus
Na condição de religião, o espiritismo apela para uma suposta autenticidade de suas revelações, considerando-se a terceira e definitiva revelação de Deus aos homens. Allan Kardec diz que a primeira revelação de Deus aos homens se deu no Antigo Testamento; a segunda, no Novo
Testamento; e a terceira, por meio do Espiritismo.

"A Lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento a teve no Cristo. O espiritismo é a Terceira Revelação da Lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, mas pelos espíritos, que são as vozes do céu, em todos os pontos da terra, com o concurso de uma legião inumerável de intermediários" (grifo do autor). 4

Outra assertiva semelhante diz: "A primeira revelação era personificada em Moisés; a segunda, no Cristo; a terceira não o é em indivíduo algum. As duas primeiras são individuais; a terceira, coletiva; aí está uma característica essencial e de grande importância" (grifo do autor). 5

Como um sistema de doutrinas reveladas por entidades espirituais e com a proposta de atualizar revelações de outras duas religiões precedentes (judaísmo, Antigo Testamento; cristianismo, Novo Testamento) pode não ser uma religião?

Cristianismo e espiritismo
O cristianismo tem seus fundamentos históricos e doutrinários baseados na Bíblia. Qualquer movimento religioso que se diz cristão deve ter seus ensinos confrontados com a Palavra de Deus para se verificar sua veracidade e, dessa forma, serem considerados verdadeiramente cristãos.

Mas a doutrina espírita, segundo seus próprios advogados, "nos ensina a praticar o cristianismo em sua forma mais pura e simples. Assim, o espírita kardecista procura ser um bom cristão. Ele sente que precisa combater seus próprios defeitos e praticar os ensinamentos de Jesus".6

Diante disso, para atingir seu objetivo, o espiritismo elogia Jesus Cristo com muitas palavras: "Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo? [...] Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a humanidade na terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que Ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque Ele estava animado pelo Espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu na terra". 7

Qual é o cristão que não concordaria com essas declarações sobre Jesus e seus ensinos? Isso lemos na Bíblia, com frequência (Hb 4.15; 7.26). Mas, segundo os próprios espíritas, eles são os únicos que apregoam os verdadeiros ensinos dados por Jesus.

Allan Kardec perguntou aos espíritos o seguinte: "Se Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, que utilidade têm os ensinamentos dos espíritos? Poderão eles ensinar alguma coisa além do que ensinou Jesus?".

E a resposta foi: "Os ensinamentos de Jesus eram frequentemente alegóricos e na forma de parábolas, dado que Ele falava de acordo com a época e os lugares. Hoje, é preciso que a verdade seja inteligível a todos, razão pela qual é preciso explicar e desenvolver esses ensinamentos, porque tão poucos são os que os compreendem e ainda menos os que o praticam. Consiste nossa missão em abrir os olhos e os ouvidos a todos, para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipócritas, esses que exteriormente se revestem das aparências da virtude e da religião para melhor ocultarem suas torpezas". 8

Com essa explicação dada pelos espíritos, Allan Kardec acha que tem o direito de remover da Bíblia tudo quanto ela afirma contra as práticas e os ensinos do espiritismo. A partir desse posicionamento, tudo o que for contra o espiritismo, pode-se alegar, com muita propriedade, que faz parte dos ensinos parabólicos ou alegóricos de Jesus e que não devem ser considerados para os nossos dias.

Embora haja um abismo entre o ensino espírita e o cristianismo, Allan Kardec procura misturar os fundamentos e chega a afirmar que "o cristianismo e o espiritismo ensinam a mesma coisa". 9

Mas se realmente o espiritismo ensinasse as mesmas doutrinas do cristianismo, seria de se esperar que os seus ensinamentos concordassem com as palavras de Jesus e dos apóstolos. E a melhor maneira de conferir essa afirmação é confrontando o que diz o espiritismo com o que ensina a Bíblia, que é o livro-base do cristianismo.

Uma religião que subtrai a autoridade bíblica
Allan Kardec declara que, na Bíblia, encontramos apenas comentários ou apreciações, reflexos de opiniões pessoais, muitas vezes contraditórias, que não poderiam, em caso algum, ter a autoridade de um relato dos que haviam recebido as instruções diretamente do Mestre.

"A Bíblia contém evidentemente fatos que a razão, desenvolvida pela ciência, não pode hoje aceitar, e outros que parecem singulares e que repugnam, por se ligarem a costumes que não são mais os nossos. A ciência, levando as suas investigações desde as entranhas da terra até as profundezas do céu, demonstrou, inquestionavelmente, os erros da gênese mosaica, tomada ao pé da letra, e a impossibilidade material de que as coisas se passassem conforme o modo pelo qual estão aí textualmente narradas, dando por essa forma profundo golpe nas crenças seculares". 10

O eminente espírita Carlos Embassahy assim se pronuncia sobre a Bíblia: "Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. [O espiritismo] não rodopia junto à Bíblia. Mas a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome". 11

Diante disso, fica evidente que o espiritismo, ao mesmo tempo em que alega ser cristão, nega a Palavra de Deus, a base do cristianismo. Além disso, prova que os expositores e defensores do espiritismo ora apelam para a Bíblia, em busca de apoio, ora negam firmemente que ela tenha
valor para sua fé.

Como lemos, o espiritismo, por meio de duas de suas maiores autoridades, nega a revelação divina das Escrituras, considerando-a uma mera compilação de fatos históricos e lendários. Os espíritas kardecistas, quando querem dizer que são cristãos, usam as Escrituras, citando-as seletivamente, como lhes convêm, para apoiar suas teorias.

A Bíblia passa a ser então apenas obra de consulta, não faz diferença se é ou não a Palavra de Deus, desde que possam usá-la como desejam. Mas e quanto a nós, cristãos? Temos a Bíblia como regra de fé e conduta para a vida e o caráter do cristão. É isso o que as próprias Escrituras afirmam: "Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes" (1Ts 2.13).

Considerações finais
Reiterando nossas conclusões, desqualificamos a apresentação estratégica do espiritismo como simples filosofia. Somente quem não conhece a produção literária espírita poderia insistir em negar a condição religiosa do espiritismo. É impossível ser, a um só tempo, cristão e espírita, pois entre ambos os caminhos há uma grande incompatibilidade doutrinária. Devemos ter cuidado para não tomarmos a religião espírita por mera filosofia de vida, porque esse ponto de vista abriria margem para um flerte interditado e condenado pelas Escrituras Sagradas.

Matéria publicada pela revista SABER E FÉ - sf n. 2___________________________________________________________________________________________________________________NOTAS1 KARDEC, Allan. O que é o espiritismo. 2ª edição especial. São Paulo: Opus Editora, p. 294, 1985.

2 KARDEC, Allan. Obras póstumas. In: Obras Completas. 2ª edição especial. São Paulo: Opus Editora, p. 1206, 1985.

3 Ibid., p. 1210.

4 KARDEC, Allan. Evangelho segundo o espiritismo. In: Obras Completas. 2ª edição especial. São Paulo: Opus Editora, p. 534, 1985.

5 KARDEC, Allan. A gênese. In: Obras Completas. 2ª edição especial. São Paulo: Opus Editora, p. 888, 1985.

6 BARROS, Homero Moraes. O espiritismo em linguagem fácil. São Paulo: Casa Editora O Clarim, p.61.

7 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. In: Obras Completas. 2ª edição especial. São Paulo: Opus Editora, p. 171, 1985.

8 Ibid., p.172.

9 KARDEC, Allan. Evangelho segundo o espiritismo. In: Obras Completas. 2ª edição especial. São Paulo: Opus Editora, p. 1178, 1985.

10 KARDEC, Allan. A gênese. In: Obras Completas. 2ª edição especial. São Paulo: Opus Editora, p. 911, 1985.

11 EMBASSAHY, Carlos. À margem do espiritismo. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, p. 214, 227. SF

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O FATOR DIGNIFICANTE DA APOLOGÉTICA

Por Elvis Brassaroto Aleixo

Grandes religiões para escolher, sedutores caminhos para trilhar, livros iluminados para ler, filosofias sacras para pensar, dogmas milenares para crer, comportamentos padronizados para seguir. Milhares e milhares de almas espalhadas por todos os continentes.

Pessoas regidas por suas religiões, maestrinas de suas vidas. Vidas que depositam suas esperanças no invisível pelo poder avassalador de alguma fé que lhes confere razões para viver e morrer.
Divindades. Paraísos. Verdades. Mentiras. Tudo permeando o misto labirinto das religiões. Como encontrar uma saída diante de tantos corredores? Aliás, existiria alguma saída? Eureca! A “saída” nos remete à idéia de direção, rumo, sentido, destino… Palavras interessantes para a nossa reflexão.

Se nos concentrarmos somente na razão, não parecerá tarefa fácil decidir-se por uma religião. Os “porquês” se avultam e as respostas nem sempre respondem (leia-se satisfazem). Às vezes, são cheias de palavras, mas vazias de sentido. Entretanto, exigir radicalmente respostas para tudo o que é transcendente obviamente gera um enfrentamento com o ato de crer.

Em algumas circunstâncias, soa como querer explicar o inexplicável. É o antigo impasse desenvolvido em torno da fé e da razão, conceitos que cremos caminhar de mãos dadas no cristianismo bíblico (1Pe 3.15).

As religiões foram concebidas ao longo da história e atravessaram os tempos. Hoje, no século XXI, crenças antiqüíssimas tentam conquistar a fé dos homens pós-modernos. Os deuses (e deusas) se candidatam à veneração exibindo supostos atributos e favores.

Uma boa estratégia tem sido pregar apenas o que é aprazível aos ouvidos da “clientela”. Com o receio de alguns movimentos religiosos de se extinguirem, muitos deles têm-se ajustado ao rigor do secularismo hodierno. É o que podemos chamar de utilitarismo religioso.

Todavia, nem todos se reconhecem no universo militante das religiões. Afinal, indagam: “Para que tomar partido por uma delas? Para que cultivar diferenças?”.

Temos a impressão de que a complexidade do objeto em questão pode ter corroborado para o surgimento e a proliferação de uma solução simplista e pragmática.

A pós-modernidade decidiu não decidir. Como assim? Explicamos.

O mundo que marcha e atropela obstáculos buscando intensificar a globalização censura as religiões exclusivistas, ou seja, aquelas que advogam seguir ou deter o único caminho para a salvação espiritual dos homens. Diante das múltiplas escolhas, a atitude mais política e simpática tem sido não decidir por nenhuma delas. Ou, melhor ainda: decidir por todas elas! Daí, surge no cenário o famigerado clichê: “Todos os caminhos levam a Deus”, uma espécie de moda ou tendência atual.

Enfim, encontraram uma saída. Repentinamente, como num “passe de mágica”, o denso labirinto das religiões abriu portas de salvação em todas as direções. Agora, as coisas foram facilitadas e o resultado da decisão tornou-se algo indiferente.

Dentro desta concepção, uma religião poderia mesmo ser escolhida lançando sortes, como se fosse uma singela brincadeira de criança ao som do “bem-me-quer, malmequer”.

A declaração de que todos os caminhos levam a Deus tornou-se um chavão constante nos lábios de muitas pessoas e em muitos idiomas, apresentando-se com o meigo sorriso da tolerância. Interessante notar é que, mesmo com todo o teor de racionalidade e lógica deste discurso, muitas pessoas não se dão conta de que a tolerância genuína deveria ser capaz de tolerar a própria intolerância. E essa insensibilidade faz que, sem perceberem, hasteiem a bandeira de uma tolerância maquiada e vacilante.

Neste ínterim, a apologética, injustamente, assume em nossa sociedade um caráter fortemente pejorativo e primitivo (bárbaro).

A questão em voga é que não há razões para se defender uma verdade relativa, ou, sendo mais sensato, uma verdade relativa é uma verdade indefensável. Neste contexto, certo educador cristão, citando palavras de Charles Colson, lembra-nos que mesmo uma discussão religiosa pode ter um ponto positivo, ao declarar: “… debater pode ser, algumas vezes, desagradável, mas pelo menos pressupõe que há verdades dignas de serem defendidas, idéias dignas de se lutar por elas.

Em nossa era pós-moderna, todavia, as suas ‘verdades’ são as suas ‘verdades’, as minhas ‘verdades’ são as minhas, e nenhuma é significativa o suficiente para alguém se apaixonar por ela. E se não há verdade, então não podemos persuadir um ao outro por meio de argumentos racionais”.1

O chavão, alvo de nosso comentário aqui, se encaixa, em certo sentido, com a declaração de Colson. Porquanto, se todos os caminhos conduzem ao céu, então, nenhum deles precisa ser defendido em detrimento de outro. Também podemos depreender que fazer apologia de uma fé implica considerá-la digna de tal ato e isso nos faz pensar. Será que cremos que a nossa fé é digna de ser defendida? Por quais idéias estamos lutando?

As verdades bíblicas são suficientemente significativas para que sejam defendidas por seus seguidores? Bem, se a resposta for positiva, então deve refletir-se em atitudes concretas.

Portanto, o ministério do apologista cristão é dignificar a ortodoxia bíblica e esse é o papel que mais este ano pretendemos cumprir, com a graça de Deus e auxílio de todos aqueles que estão ao nosso lado.

Nota:
1 COLSON, Charles. E agora como viveremos, CPAD: Rio de Janeiro, 2000 , citado pelo educador cristão Valmir Nascimento Santos no artigo A Defesa da fé cristã na era pós-moderna.