segunda-feira, 23 de julho de 2012

Religião separa Tom Cruise e Katie Holmes?

Religião pode ter sido a causa de divórcios de Tom Cruise e Katie Holmes anunciado ontem dia (29) pelo advogado, Jonathan Wolfe, confirmando a terceira separação de Tom. "Este é um assunto pessoal e privado", disse Jonathan em um comunicado.


O motivo do divórcio segundo o site TMZ seria a religião de Cruise a cientologia que une os princípios e práticas do budismo e do hinduísmo com o conhecimento e a tecnologia ocidental.


Segundo pessoas ligadas ao casal, Katie temia que Cruise levasse a filha Suri para sua religião, já que ela não é adepta a religião do marido, além disse fontes ainda ligadas a Katie disse que Tom a sufocava e que era muito controlador.

“Ela literalmente não teve tempo de respirar. Tom tomava todas as decisões, inclusive sobre o nome dela, porque ele odiava que a chamassem de Katie, tratando-a sempre por Kate, o que ela por sua vez detestava. Ele vetava papéis dela no cinema, decidia as férias, como Suri seria criada, onde iriam jantar, tudo”, disse a fonte ao jornal Radar Online

Segundo advogado de Tom, ele foi pego de surpresa e está muito triste com a decisão da esposa.

"Kate pediu o divórcio e Tom está profundamente triste e está se concentrando em seus três filhos Por favor, permita-lhes a sua privacidade”, disse porta-voz Cruise à BBC.


Casamento e religião


Uma das cenas mais famosas do início de relacionamento do casal aconteceu quando Cruise pulou em um sofá no programa de Oprah Winfrey, declarando seu amor por Holmes.

O ator propôs casamento a Katie na Torre Eiffel, em Paris e logo depois Cruise se casou com Holmes, sua terceira esposa, em um castelo italiano em Novembro de 2006. O casamento foi celebrado por um ministro da Igreja da Cientologia.

Cruise, adepto à cientologia desde a década de 80, seria fanático pela religião. A cientologia foi fundada nos Estados Unidos, em 1954, pelo escritor de ficção científica Lafayette Ron Hubbard.

A filosofia prega a imortalidade do ser humano e estimula a limpeza da alma e da mente. Para os adeptos, o homem é um ser imortal, composto de três partes: corpo, mente e espírito. Sua experiência vai muito além de uma só vida, acreditando na reencarnação. A salvação depende de si mesmo, de seus semelhantes e de sua relação com o universo.

Em 2007, Tom Cruise foi considerado pelos líderes da seita, o "Cristo" da cientologia. De acordo com o tablóide britânico "The Sun", o ator disse que foi escolhido para espalhar a palavra de sua fé através do mundo. Segundo o ator, a cientologia tem o poder de criar novas e melhores realidades.

FONTE: http://portugues.christianpost.com/news/religiao-separa-tom-cruise-e-katie-holmes-11841/

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Valdemiro Santiago afirma que Jesus Cristo foi criado por Deus, pastor contesta


O Apóstolo Valdomiro Santiago deu uma mancada teológica gigante afirmando em um texto que Jesus foi criado por Deus antes Dele ter criado  o mundo e tudo que nele existe.

Dá pra acreditar?

Sim! Isso é normal quando a preocupação de um líder se baseia no crescimento financeiro.

O que podemos esperar de alguém que se preocupa em construir um templo gigante e não está preocupado se pode pastorear toda esta multidão?

Se voltarmos na história vamos perceber que o erro do Apóstolo Valdomiro foi o mesmo que Ário cometeu.

Os arianos acreditavam que Jesus nasceu ou foi criado como o primeiro da criação. Tem muita gente se preocupando com milagres, sinais e prodígios e esquecem de  ler a bíblia e entender o texto dentro do contexto para não virar pretexto e ensinar heresias.

A linguagem usada para o primeiro da criação é uma antropopatia, (Antropopatia é a atribução de sentimentos humanos a Deus).

O que a biblia nos ensina é que Jesus é auto-existente

João 1 v.1-  No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

1.2 Ele estava no princípio com Deus.

1.3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.

1.4 A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.

A vida estava Nele e não com Ele. Ter a vida é ser auto existente . Se tenho a vida como posso ser criado?
 
A posição de primogenitura para Jesus é a posição da linguagem, ou seja, A "palavra primogenitura"  ensina que Jesus ocupa o lugar de honra , destaque e autoridade . Jesus encarnou e toma o lugar de destaque de honra e todas as caracteristicas da primogenitura.
 
Eu quero destacar um texto da qual muitos lideres usam para dizer que o "povo" não busca conhecimento, mas o texto está se referindo ao sacerdote também  - O povo erra porque falta conhecimento devido ao sacerdote não querer ensinar o correto porque vive pelo pecado do povo.
 
Oséias 4 v. .6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.

7 Quanto mais estes se multiplicaram, tanto mais contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha.

8 Alimentam-se do pecado do meu povo e da maldade dele têm desejo ardente.
 
9 Por isso, como é o povo, assim é o sacerdote; castigá-lo-ei pelo seu procedimento e lhe darei o pago das suas obras.
10 Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à sensualidade, mas não se multiplicarão, porque ao SENHOR deixaram de adorar.

11 A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento.
12 O meu povo consulta o seu pedaço de madeira, e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus.

13 Sacrificam sobre o cimo dos montes e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, dos choupos e dos terebintos, porque é boa a sua sombra; por isso, vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram.
14 Não castigarei vossas filhas, que se prostituem, nem vossas noras, quando adulteram, porque os homens mesmos se retiram com as meretrizes e com as prostitutas cultuais sacrificam, pois o povo que não tem entendimento corre para a sua perdição.
 
Será que o sacerdote não quer ensinar a palavra de Deus como ela é porque vive do dinheiro do povo ?
 
Que Deus tenha misericórdia e de o livramento a este povo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

ESTUDO PARTE I - Pedro foi o Primeiro Papa?


O PAPA SEM POSSIBILIDADES DE ERROS EM MATÉRIA DE FÉ E MORAL


Abro a série apologética com este artigo .

A história da igreja católica apostólica romana define o papa como alguém infalível no que tange assuntos espirituais. Ele nunca erra no campo da fé e moral.

O Concílio Vaticano I com a participação de bispos de toda a igreja definiu o poder Papal. Neste Concilio ficou acertado que o Papa possui a ajuda do Espírito Santo para ensinar em matéria de fé e moral e que ele não erra nestes 2 campos junto com o sagrado magistério. Quero pedir aos amigos católicos que estão lendo este artigo uma atenção a observação abaixo também.  (Obs: Como pastor eu tenho que dizer que alguns pastores evangélicos se colocam nesta posição – acreditam que não erram e possuem a revelação sobrenatural de Deus com ajuda do Espírito Santo acreditando não errar em suas decisões. Não aceitam ser questionados em suas ordens e querem que todos obedeçam sem perguntas...mas como o assunto é outro e já escrevi muito sobre isso em meu blog, basta acessar outros artigos sobre estes pastores).

Voltando ao assunto...

A infalibilidade papal é a doutrina católica que de grande importância ao catolicismo. Aquilo que o Papa em comunhão com o sagrado magistério definir em matéria de fé ou moral é o correto ou está sempre correto. OU seja.... O papa tem a palavra definitiva e não erra pela assistência do Espirito Santo que o preserva de erros em assuntos relativos a fé, moral ou costumes.

Quando o papa define alguma coisa no campo da fé e moral , aquilo que foi decidido transforma-se em dogma ou uma verdade imutável que todo católico deve aderir em sua vida religiosa. Isso se torna irrevogável, ou seja, aquilo que não se pode anular.

Se fosse anulada a infalibilidade seria colocada em jogo devido impossibilidade do erro. Isso torna a doutrina católica irreformável.

Está escrito: “O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é o perpétuo e visível principio e fundamento da unidade, quer Bispos, quer da multidão dos fiéis”.

O QUE O CATECISMO DIZ SOBRE O PAPA?

O terceiro Catecismo de Doutrina Cristã, Editora Vera Cruz, pág. 44 DIZ : “O Papa, a quem chamamos também Sumo Pontífice ou romano Pontífice, é o sucessor de São Pedro na Sede de Roma, o vigário de Jesus Cristo na terra, e o chefe visível da Igreja”.

As diversas literaturas Católicas afirmam que Pedro foi o primeiro Papa, o livro “Católicos Perguntam” de Estevão Bittencourt, OSB, na pág 15, registra que o Papa é sucessor de São Pedro, aquém Jesus entregou o pastoreio de toda a sua igreja. Para dar base a sua tese, ele afirma que Pedro é citado 171 vezes no Novo Testamento, que Pedro é colocado em primeiro lugar porque foi o primeiro relatado na relação dos Apóstolos (Mt 10v. 20), e ainda diz que numericamente o 1° lugar é o 1° em dignidade e honra. Ele toma por base as passagens Bíblicas de Mateus 20v. 27/Marcos 12v.28-31/ Atos 13v.50/ Atos 28v. 17.

Para não ficar extenso o meu artigo vou apenas abordar um ponto apenas: Se Pedro foi o primeiro Papa e o papa nunca erra no campo da moral e fé, Pedro também erra no mesmo campo – da fé e moral.

Mas será que Pedro nunca errou no campo da moral e fé?

Este será apenas o inicio de um estudo mais reflexivo e que vai colocar muitos versículos bíblicos.

Desde Já quero avisar aos leitores que por ser um assunto da Igreja Católica Apostólica Romana vou usar a bíblia AVE MARIA ON LINE - http://www.avemaria.com.br/biblia/

Isso faz com que ninguém pense que estou puxando a sardinha para o lado dos evangélicos por ser pastor. Peço aos religiosos de plantão que não fiquem escandalizados por usar esta bíblia.

Pedro é o primeiro Papa? Pedro nunca errou?
Se Pedro foi o primeiro papa ele também não deveria ter errado no campo da fé e moral.

Não posso negar a importância de Pedro para o cristianismo, ele foi uma pessoa que teve a ajuda do Espírito Santo e reconheço o seu valor, mas não posso concordar que Pedro nunca errou em matéria de fé e moral pois a bíblia me mostra seus erros nestes 2 campos.

PEDRO COMO BEM AVENTURADO E ESCÂNDALO

Pedro teve uma revelação do Espirito Santo em um certo momento importante. Jesus perguntou aos seus discípulos quem ele era. Alguns acreditavam que ele era um profeta, mas Pedro com a revelação do Espírito Santo trouxe a resposta certa, mas depois de alguns minutos foi repreendido por Jesus de uma forma radical . Vou colocar os textos aqui mesmo para ganhar tempo, mas eu gostaria de que você pegue a sua biblia católica (se vc for católico) e confira se o texto está correto.

Leia em sua bíblia católica a passagem de Mateus 16 v.13-19 :

13 Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?

14 Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas.

15 Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou?

16 Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!

17 Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.

18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus

Foi o Espírito Santo que revelou a Pedro que Jesus não era um homem comum e nem um profeta , mas o filho de Deus!

Não pare sua leitura por ai...continue lendo : Veja que Pedro não teve a mesma revelação quando começou a repreender Jesus quando o mestre falava sobre a sua morte que é um marco espiritual importante para todo e qualquer cristão.

Vou usar uma bíblia católica para que ninguém venha a dizer que estou manipulando a palavra com a bíblia evangéliva – Vou usar a Bíblia Ave Maria on line

Mateus 16 v.21-13:

21 Desde então, Jesus começou a manifestar a seus discípulos que precisava ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia.

22 Pedro então começou a interpelá-lo e protestar nestes termos: Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá!

23 Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!

Pedro errou sobre um assunto espiritual! Ele foi chamado de escândalo por Jesus.

Jesus disse que os seus pensamentos eram de homens e não de Deus.

Não fui eu quem disse, mas o próprio Jesus. Você pode ver isso em sua bíblia católica.

Podemos fechar os olhos para essa informação?

Não. Os erros de Pedro não param por ai, ele era um homem como eu e você passível de erro. Você mesmo pode ler em sua bíblia católica para que a Palavra do Senhor fale ao seu coração.

Não. Os erros de Pedro não param por ai, ele era um homem como eu e você passível de erro. Você mesmo pode ler em sua bíblia católica para que a Palavra do Senhor fale ao seu coração.

Outro erro de Pedro foi negar a Jesus quando ele foi preso e estava apanhando no sinédrio. Pedro estava sentado no pátio e uma mulher veio até ele dizendo que ele estava com Jesus e Pedro disse que não o conhecia.

Mateus 26 v. 67 - 75

67 Cuspiram-lhe então na face, bateram-lhe com os punhos e deram-lhe tapas,

68 dizendo: Adivinha, ó Cristo: quem te bateu?

69 Enquanto isso, Pedro estava sentado no pátio. Aproximou-se dele uma das servas, dizendo: Também tu estavas com Jesus, o Galileu.

70 Mas ele negou publicamente, nestes termos: Não sei o que dizes.

71 Dirigia-se ele para a porta, a fim de sair, quando outra criada o viu e disse aos que lá estavam: Este homem também estava com Jesus de Nazaré.

72 Pedro, pela segunda vez, negou com juramento: Eu nem conheço tal homem.

73 Pouco depois, os que ali estavam aproximaram-se de Pedro e disseram: Sim, tu és daqueles; teu modo de falar te dá a conhecer.

74 Pedro então começou a fazer imprecações, jurando que nem sequer conhecia tal homem. E, neste momento, cantou o galo.

75 Pedro recordou-se do que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes. E saindo, chorou amargamente.

Pedro nunca foi uma pessoa infalível e livre de erros. Jesus não tinha a infalibilidade como presente para o ser humano – seja ele quem fosse – porque iria contra a sua própria palavra.

PEDRO ERROU NO CAMPO DA FÉ E MORAL

ERRO MORAL – Ele mentiu – Ele foi mentiroso em dizer que não o conhecia Ele andava com Jesus ! Como poderia dizer que ele não o conhecia?

Além de ser pecado, metir é uma questçao de conduta moral.

A Bíblia diz em Efésios 4:25 “Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.”

Êxodo 20:16 “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”

Pedro deu um falso testemunho contra o seu próximo.

A mentira é abominável ao Senhor:

Provérbios 12:22 “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que praticam a verdade são o seu deleite.”

A Bíblia diz em 1 João 2:4 “Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.”

Mas você pode estar dizendo: Mas Pedro errou como nós!

É verdade, por isso ele não pode ser o primeiro papa e nunca pode provar que (se é o papa como a doutrina catolica romana diz) possuia a infalibilidade. Esta é a prova de que todo e qualquer homem possui erros.

ERRO DA FÉ – Ele queria que Jesus tivesse compaixão dele mesmo e não se entregasse para ser morto, mas a morte de Jesus foi o ato de precioso do próprio Deus! Jesus foi o ultimo sacrifício na cruz.

João 3v. 14-17 :

14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, 15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.

16 Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

17 Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.

Na passagem de Mateus 16, Pedro recebeu a orientação do Espirito Santo em um momento, mas deixou com que a sua vontade como ser humano tomasse conta dos seus pensamentos.

Isso mostra que qualquer ser humano pode errar e estar baseando-se em seus pensamentos humanos. Porque o Papa não pode errar no campo de moral e fé como Pedro errou?

O nosso sentimento humano preservaria Jesus da morte, mas se isto acontecesse o nosso pecado não seria perdoado. O sangue de Jesus purifica o ser humano de todo pecado

Bíblia Ave Maria – Apocalipse 1 v.5-6 :

5 e da parte de Jesus Cristo, testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue

6 e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém.

A palavra inabalável, quer dizer, “que não pode ser abalado, firme” : A posição de Pedro foi inabalável referente a possibilidade de Jesus não se entregar como ultimo sacrifício?

Se Jesus fosse na opinião de Pedro - A igreja nem existiria, pois Jesus é a essencia do Cristianismo e a sua morte é a chave para o reino dos céus.

No próximo artigo sobre o Papado vou analisar com você se é possível Pedro ser a pedra que a igreja esta fundamentada.

Deus abençoe e até a próxima.

Não pretendo ofender a ninguém, quero apenas colocar alguns pontos para ser pensado e analisado diante da regra de fé do cristão – A Bíblia (como faço com a igreja evangélica também). Sei que todo católico possui ou deveria possuir a Bíblia - ela deve ser sua regra de fé.

Pr. Alexandre Farias

sábado, 7 de maio de 2011

A FÉ ESTÁ EM TODOS OS HOMENS


Pessoal, a partir da semana que vem estarei colocando alguns estudos sobre seitas e religiões.

Não adianta retrucar, o escritor de Hebreus escreveu inspirado pelo Espírito Santo que a Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem (Hebreus 11v. 1).


Todos usam ou tem fé. Seja cristão ou não – você usa a fé.

Mas e os ateus? Eles usam a fé?

Eles usam a fé todos os dias. São militantes da fé e digo mais: Se não fosse a fé, eles não poderiam dizer: “ Eu sou um ateu”

Eles dizem que os cristãos são bobos porque acreditam naquilo que não se pode provar, mas será que eles acreditam em algo totalmente provado empiricamente?

Os ateus crêem em coisas que nunca viram, mas esperam que um dia possam ser provadas, isto faz com que o ateu seja fervoroso em sua fé rezando ao deus “ciência “ para que ele venha trazer as respostas que querem ter.

Vão esperando, esperando, esperando... e daqui a alguns anos. vão esperar e negar a Deus, mas sempre usando a fé esperando as respostas que não são provadas do jeito que pedem que nós provemos.

Negar a Deus é usar a fé!

É isso mesmo, se não podem vê-lo ou provar que Ele não existe através das experiências empíricas ou provas matérias, usam a fé como um religioso.

Então, porque negam a sua existência?

Se não tem nada de concreto e material para negar a existência de Deus, porque afirmam que Ele não existe?

Pela Fé!

Os ateus são pessoas de fé!

Isso é esperar o que não se vê.

Eles afirmam – “Não existe nada depois da morte. A morte é onde tudo acaba.”

Isso é fé – se a filosofia ateísta é pedir provas de tudo, quais são as provas que tem depois da morte?

Acredito que afirmar que depois da morte não existe nada, é puro medo da morte!

O “nada” é o instrumento que sossega o coração do ateu – se depois da morte não existe nada, posso fazer o que quero sem se preocupar com ela.

É mais confortável morrer sabendo que tudo vai acabar do que crer em Deus.

Como podem dizer que não existe nada após a morte se não conhecem “o outro lado”? Como podem dizer que depois da morte não existe nada sem usar a fé?

Alguns dizem que o céu foi inventado pelo homem por causa do medo da morte, mas será que não é o contrário?

O “nada” é mais confortável. Morrer sabendo que você não precisa dar conta do que fez e depois da morte nada vai acontecer é mais confortável do que crer em um céu e saber que depois da morte você estará frente a frente com Deus.

Morrer desta forma é “suave”.

O “nada” depois da morte é a esperança do ateu.

Você faz o que bem entende, apronta o que quiser e não precisa se preocupar quando você está no bico do corvo porque você vai desaparecer e tudo vai acabar feliz para sempre.

Isso é acreditar em fadas.

A fada da morte que me retira qualquer preocupação.

Haja fé para dizer que após a morte tudo acaba para sempre.

Isso é ter fé demais...

Como eu disse: A FÉ ESTÁ EM TODOS OS HOMENS.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Casal Gay Ameaça Fechar Igreja por Causa de Homofobia - Por Redação OGalile

O consultor Carlos Roberto Neher, de 44 anos, e o auxiliar-administrativo Thiago André Santos da Rocha, 23, que mantém união estável há cinco anos, vão entrar na Justiça para tentar fechar a igreja evangélica Esperança Viva, de Mogi das Cruzes. Eles acusam os representantes da instituição de homofobia, ameaça e invasão de domicílio.



Neher e Rocha moravam em Porto Alegre e, há três meses, vieram morar em Mogi, segundo eles, a pedido de um representante da igreja. "Fomos convidados para ajudar em uma comunidade terapêutica. Largamos tudo para nos dedicarmos a esse programa e o combinado era que tivéssemos uma casa aqui em Mogi para morar", explicou Neher.


Assim que o casal chegou à cidade, em janeiro, foi morar no sítio Xangrilá. No entanto, no início de março, o pastor teria informado que eles passariam a morar em outro imóvel, com outros funcionários e dependentes químicos. "Eles sempre souberam que nós tínhamos uma união estável. Quando deixei isso mais claro ainda, praticamente nos expulsaram de lá".

Ontem, o casal e o advogado Eduardo Piza Gomes de Mello foram até o 2° DP, em Brás Cubas, onde entregaram a representação contra os representantes da instituição. "Também vamos entrar com uma representação na Secretaria de Justiça para pedir a suspensão das atividades clínicas e da igreja. Podemos fazer isso com base em uma lei que diz que, quando a instituição pratica atos de discriminação em relação à orientação sexual, está sujeita a multas e suspensão das atividades", explicou o advogado.

Informações Jornal Mogi News

sexta-feira, 4 de março de 2011

Pastor Silas Malafaia causa polêmica ao afirmar durante pregação que “Quem não der oferta não vai ser abençoado”

O Pastor Silas Malafaia voltou a causar polêmica com suas pregações incisivas. O pastor, embasado na teologia da prosperidade, causou a ira de alguns fiéis que reclamaram na forma como o famoso líder pede dinheiro aos fiéis.

A nova polêmica aconteceu no dia 16 de Fevereiro durante a inauguração de um dos novos templos da denominação do Pastor, a Igreja Vitória em Cristo, na cidade de Araruama no Rio de Janeiro. Silas Malafaia anunciou que construirá cerca de 1000 templos da denominação no Brasil nos próximos anos.

O Pastor pregava quando lembrou que o templo em que estava havia custado R$600 mil, então afirmou que “Quem não der oferta, tudo bem. Mas não sairá daqui abençoado”.

A frase causou revolta de alguns fiéis que, acreditando que é Deus quem abençoa, deixaram a igreja imediatamente e denunciaram a pregação do pastor. Diversos sites e blogs cristãos e até ateus criticaram a atitude do líder da denominação.

Outras polêmicas

O Pastor Silas Malafaia, desde que adotou a Teologia da Prosperidade, tem se envolvido em muitas polêmicas, a mais recente foi quando em entrevista chamou de idiotas os pastores que não pregam a teologia da prosperidade e que deveriam perder a credencial para pregar. Durante as eleições para Presidente do Brasil recebeu um “incentivo” para trocar seu apoio a candidata evangélica Marina Silva para o candidato pró-aborto José Serra. Em uma campanha o Pastor pediu para os fiéis ofertarem parte do dinheiro que reservam para o aluguel de suas casas e 30% de dízimo ao invés dos 10% para receber uma benção. Outra polêmica famosa foi o Clube dos R$1000, onde os fiéis deveriam doar a denominação uma quantia no mesmo valor.


Contra as constantes críticas que recebe, o Pastor Silas Malafaia afirmou não se importar com a opinião da maioria: “Líder é aquele que toma decisões baseadas em princípios e não se preocupa com a opinião da maioria“.

Fonte: Site Gospel Mais

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Seita 'Ziona Chana' cria a Maior Família do Mundo: 1 Marido, 39 Esposas, 94 Filhos e 33 Netos


Os números impressionam. Os 167 membros da família Ziona moram em uma casa de quatro andares com 100 quartos, a maior entre as colinas da aldeia Baktwang, no estado indiano de Mizoram. Para o jantar, são necessários 30 frangos inteiros, cerca de 60 quilos de batatas e mais 100 quilos de arroz.


O chefe da maior família do mundo, o indiano Ziona Chana, tem orgulho do seu papel. “Confesso que me sinto abençoado por ter 39 esposas e ser o chefe da maior família do mundo”, declarou ao jornal britânico The Sun.

Para organizar a rotina dessa super família, Ziona conta com a colaboração de suas companheiras. Zathiangi, a esposa mais antiga divide as tarefas domésticas, como limpeza, lavagem e preparo das refeições, entre as demais.

Tal feito só foi possível porque Chana faz parte de uma seita que permite que seus membros se casem com um número infinito de mulheres. Em sua “melhor” fase, ele casou-se com 10 em apenas um ano e ainda tem a mordomia de dormir em sua própria cama de casal, enquanto suas 39 companheiras se revezam em dormitórios. Ele confessa que continua em busca de novas esposas. “Estou disposto a ir até os Estados Unidos para aumentar o número de membros da minha família”, diz o chefe da família.

A mais jovem é que dorme mais próxima ao quarto de Ziona. A regra é quanto mais velha, mais longe do quarto e não há um sistema de rotação.

“Ele é a pessoa mais importante e a mais bonita da aldeia e nós adoramos ficar em torno dele”, contou Rinkmini, uma das esposas de Chana, 35 anos, ao jornal. Segundo ela, Ziona a conheceu há 18 anos enquanto caminhava pela aldeia em uma manhã. Pouco tempo depois, ele escreveu uma carta pedindo sua mão em casamento.

“Aqui todo mundo se dá bem. Esse sistema familiar é baseado no amor e no respeito mútuos”, explica outra mulher de Ziona, a Huntharnghanki.

Com informações Revista Crescer / site O Galileu

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cães, Gatos, Porcos e até Cobras são Levados a Igreja para Receber Bênção, Veja as Fotos!

O Senhor abençoe estes animais e que Santo Antão os proteja...


Animais foram levados na manhã desta segunda-feira a igrejas de toda a Espanha em busca das bênçãos de Santo Antão, o padroeiro dos animais.



"O Senhor abençoe estes animais e que Santo Antão os proteja de todos os males do corpo", rezava Juan Villar, o pároco da Igreja de Santo Antão em Madri, enquanto os benzia com água benta.


Depois disso, os animais participaram de procissão por diversas ruas do bairro madrilenho de Chueca.


Junto aos fiéis que apresentaram suas mascotes ao santo, um outro grupo distribuía pãezinhos elaborados com uma receita secreta, que devem ser guardados durante o ano, com uma moeda, para garantir trabalho e saúde.


A festividade goza de grande popularidade em Madri, onde é celebrada desde o começo do século XIX.






Fonte: site O Galileu

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Igreja dos EUA anuncia pedido de falência por indenizações de abuso

A arquidiocese da Igreja Católica Romana da cidade americana de Milwaukee, no Estado de Wisconsin, anunciou que pedirá falência por uma onda de processo judiciais de vítimas de abuso sexual por padres.


O arcebispo Jerome Listeck declarou que vai pedir a falência baseado em uma decisão judicial que determinou que seguradoras não devem pagar por acordos feitos com as vítimas.

Os esforços de mediação falharam em muitas ações, ele acrescentou.

O objetivo é pagar as ações em curso por vítimas de abuso e "continuar a satisfazer as necessidades de clérigos, fieis e outras pessoas que se apoiam na Igreja para assistência", disse Listeck.

Dezenas de dioceses americanas pediram falência desde que a paróquia de Portland, Oregon, tomou a decisão drástica em 2004. Entre elas estão as dioceses de San Diego, Califórnia; Spokane, Washington; Wilmington, Delaware e Davenport, Iowa.

A diocese de Milwaukee diz que já gastou U$ 29 milhões em duas décadas com custos legais de abusos sexuais por padres.

"Desde 2002, vendemos propriedades, liquidamos reservas e investimentos, eliminamos ministérios e serviços, cortamos equipes em quase 40% e botamos todo os imóveis à venda para liberar recursos", resolvendo quase 200 casos, disse o site oficial da igreja.

Em março de 2010, a diocese lidou com denúncias sobre um padre, hoje morto, que teria molestado cerca de 200 meninos estudantes às escondidas por mais de duas décadas.

Fonte: Folha Online  site creio.  

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

REVÉILLON DE COPACABANA - por site creio

Prefeitura do Rio de Janeiro apela para espírito de cacique


No que depender das forças do além, a chuva não vai atrapalhar a queima de fogos no réveillon da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. A médium Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral, promete recorrer aos espíritos para garantir o tempo bom na noite do dia 31.

Segundo a assessoria de imprensa da fundação, mesmo com o contrato suspenso com a Prefeitura do Rio, o prefeito Eduardo Paes pediu a médium que ela montasse um “quartel general” na Avenida Atlântica para concentrar os trabalhos e as orações para São Pedro. A entidade afirma que o espírito do Cacique Cobra Coral já teria sido de Galileu Galilei e Abraham Lincoln.

A Fundação explicou que o contrato com a Prefeitura do Rio foi suspenso no final de outubro, quando a Secretaria municipal de Obras e a Geo-Rio deveriam enviar relatórios com as obras realizadas e planejadas para conter os problemas climáticos, como chuvas e enchentes.

Ainda de acordo com a Fundação Cobra Coral, o material só foi entregue no último dia 23 de dezembro e será analisado pelos técnicos da entidade espírita no início de janeiro.

Segundo Osmar Santos, assessor da entidade, a médium que recebe as mensagens do cacique Cobra Coral deixou de passar o réveillon no Sul da França para orar pelo tempo bom no Rio.

Desde o show do Roberto Carlos estamos com essa operação para manter o tempo bom. Recebemos pedidos de Nova York e da Europa para viajarmos e orarmos para acabar com a nevasca, mas optamos em atender aos pedidos dos cariocas e turistas que vem ao Rio. Nesse caso, vamos pedir que a chuva não caia no Rio e chegue às regiões mais necessitadas e vítimas da seca”, ressaltou o assessor.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Imperfeita liberdade - Por Paulo Cristiano, do CACP

Mishirassê, hoshô, mioshiê, makoto.




Já ouviu falar de semelhantes terminologias? Cremos que não. São vocábulos japoneses que, para nós, não possuem nenhum significado especial, mas para certo grupo religioso sim, são o divisor de águas entre o caos e a harmonia, a morte e a salvação, a bênção e a maldição. Estamos falando do movimento religioso japonês conhecido como Perfect Liberty, que traduzido é “Perfeita Liberdade”. Suas iniciais formam a sigla da Instituição: PL.

Panorama histórico da PL

A instituição religiosa Perfect Liberty foi fundada em 29 de setembro de 1946, na cidade de Tossu, no Japão. Nasceu com base na religião Mitakekyo-Tokumitsu Daikyokai, fundada em 1912 sob os ensinamentos de Tokumitsu Kanada, ex-monge budista da seita Shingon. Kanada nasceu em 1863, na cidade de Yao, Osaka, e disse ter recebido a iluminação de “uma verdade” para fundar sua seita.

Tokuharu Miki, o primeiro kyosso (“fundador”) da PL, largou o zen-budismo para se tornar discípulo de Kanada. Com a morte de Kanada, Miki, que já era seu sucessor, em obediência ao testamento deixado pelo mestre, plantou uma árvore no local de seu falecimento, zelando-a como “morada de Deus” e orando perante ela todos os dias. Após cinco anos, diz ter recebido uma iluminação, por meio da qual recebeu mais três preceitos que, somados aos outros dezoito que lhe foram transmitidos pelo próprio Kanada, perfizeram os 21 preceitos sagrados da PL.

Em 1925, estabelece-se o templo Hito-No-Michi (“Caminho do homem”). Após uma perseguição religiosa no Japão, a instituição foi fechada e seus dirigentes, presos, sob a acusação de lesa majestade. Em 9 de outubro de 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, foram todos libertados. No ano seguinte, mais precisamente no dia 29 de setembro, Toruchira Miki, filho de Tokuharu Miki e segundo patriarca da seita, substituiu o nome do grupo para Instituição Religiosa Perfect Liberty. A escolha do nome, sem dúvida, foi um reflexo desse acontecimento.

A Sede Eterna da PL, ou Terra Sagrada, como costumam denominar, encontra-se, atualmente, em Tondabayashi, próximo a Osaka, no Japão. Segundo afirmam, possuem milhões de adeptos em todo o mundo. Os verdadeiros seguidores precisam participar de uma caravana religiosa pelo menos uma vez na vida até a Sede Eterna, em comemoração da memória do primeiro patriarca.

No Brasil, a PL teve início em 16 de fevereiro de 1958, com a chegada, em 24 de março de 1957, do assistente de mestre Ryozo Azuma, e se espalhou, principalmente, entre as colônias japonesas. Somente aqui, a PL possui mais de trezentos mil adeptos distribuídos em duzentas sedes, sendo que, desses, 95% são de procedência não japonesa.

O perfil peelista

À primeira vista, a PL não apresenta nada demais, dando a impressão de que seus ensinamentos são apenas mais uma filosofia de vida, pois só falam de coisas boas e positivas. Tanto é que, em alguns lugares, foi considerada uma instituição de utilidade pública. Esse é um aspecto positivo que merece o nosso louvor.

Contudo, a verdadeira questão se encontra em outro patamar. Quando nos aprofundamos num exame mais detalhado, percebemos que a PL reivindica ser muito mais que uma simples religião ou filosofia. Como as demais seitas japonesas, acredita que cada religião teve “uma verdade”, ou “iluminação”, para a sua época. Mas agora, na época atual, Deus enviou a PL para salvar a humanidade. É uma religião relativista de auto-salvação e com forte influência do budismo e do xintoísmo.

O movimento se diz ecumênico. Seu atual líder é o conselheiro honorário da Liga das Novas Religiões do Japão e presidente honorário da Federação das Religiões Japonesas. Mas, apesar desse perfil ecumênico, acreditam, paradoxalmente, que só a PL possui o caminho para a verdadeira salvação: “Excluindo o ensinamento da PL, nenhum outro é capaz disso [...] A não ser o ensinamento peelista, não existe nenhum outro que possa fazer com precisão essa orientação individual”. As demais religiões foram ultrapassadas: “Ao observar as religiões tradicionais, sob vários aspectos, não posso concordar com absolutamente nada”.

Continuando, a PL baseia toda a sua crença em 21 preceitos. Seu lema é viver na “perfeita liberdade”, isto é, sem reprimendas de sentimentos ou expressão. Um dos objetivos do grupo é levar as pessoas ao caminho da felicidade mediante os ensinamentos dos fundadores e pela expressão do próprio “eu”, preparando-as, assim, para a paz mundial, objetivo primordial da seita.

Acreditam que tudo o que acontece na vida é obra divina, um desígnio de Deus, seja bom ou mau. Não se deve questionar, mas aceitar passivamente e, em seguida, criar uma solução “artística” em meio aos erros e dificuldades diários. Essa é a essência do primeiro preceito: “vida é arte”.

Afirmam, ainda, que as doenças e desventuras da vida surgem devido aos maus hábitos espirituais que cultivamos, tais como preguiça, raiva, egoísmo, preocupação, pois alegam que tudo na vida é reflexo de algo, “tudo é espelho”. Para atender a este mishirassê (“aviso divino”), precisamos acumular virtudes e corrigir tais vícios espirituais. Para isso, é preciso fazer missassaguê (“autodedicação”), que nada mais é do que a imposição de várias regras aos adeptos, desde doar dinheiro à instituição até limpar banheiros, arrumar o jardim do templo, etc. E tudo deve ser feito sempre com oyashikiri (“preces”).

A PL possui várias literaturas, mas seu principal livro se chama Instruções para a vida religiosa. São 21 instruções que falam de gratidão, espírito de reclamação, teimosia, preocupação, cobiça, sabedoria para utilizar os cinco sentidos, ensinos sobre como não magoar os outros, etc. Enfim, fala de coisas óbvias, já citadas pela Bíblia há milhares de anos.

A organização

A PL possui vários departamentos internos, como, por exemplo, os de senhoras, juventude, divulgação, entre outros. A divisão administrativa compreende as regiões às quais englobam distritos. Os distritos coordenam os templos, as sedes e os locais de expansão. Cada um desses setores é dirigido por um mestre regional ou distrital, ou mestre chefe de igreja.

O grupo obedece a uma hierarquia definida. No topo do comando, está o patriarca, que, além de ser o responsável pela instituição, é instrutor e líder máximo da seita. Depois, vêm os mestres e assistentes de mestres. Enquanto os primeiros se dedicam integralmente às atividades da instituição, os últimos, normalmente, permanecem em suas atividades profissionais normais.

O patriarca

É chamado de Oshieoyá-Samá (“Pai dos ensinamentos”). Nesta geração, os adeptos dizem que o patriarca está sendo representado por Takahito Miki, o terceiro fundador. Apesar de declararem que Takahito ocupa a posição de “um ser humano e não de Deus”, acreditam que ele está num estado que chamam de “estado uno a Deus”, considerado o único intermediador entre Deus e os homens.

A bem da verdade, na prática ele se transforma num semideus dentro do movimento, sendo considero, pelos adeptos, o centro da fé de todos eles. Quem entra numa sede da PL pode verificar facilmente que, na parede acima do altar, fica o Omitamá (altar sagrado), e, à direita, um retrato do patriarca, a quem os devotos prestam agradecimentos pelas graças alcançadas. O tratamento que dão ao patriarca ultrapassa a simples reverência dada a um líder. E isso fica muito claro pelos títulos que lhes são atribuídos: “Fonte da verdade”, “Centro da fé”, “Fundamento da PL”, “Digno de veneração”, “Alicerce espiritual”, “Salvador”, “Mediador”, “Aquele que se sacrifica pela humanidade”, etc. Pela semelhança aparente que esse último título possui com o do Messias (Is 53), nos deteremos em sua exposição.

Aquele que se sacrifica pela humanidade?

Um dos ensinamentos do grupo é que “Oshieoyá-Samá ora a Deus, suplicando a salvação de toda a humanidade, sacrificando-se misericordiosamente. Os atos sagrados, tais como: Mioshiê [‘orientação’], Oyashikiri [‘graça’] e Omigawari [‘intercessão’], concretizam-se mediante o sacrifício do corpo e da alma de Oshieoyá-Samá e mediante a virtude dos espíritos dos antecessores da PL. Portanto, por esses atos, nós, adeptos, aliviamo-nos dos sofrimentos, porque Oshieoyá-Samá se responsabiliza-se perante Deus por esses nossos sofrimentos”.

E explicam: “O motivo que faz que Omigawari seja atendido por Deus é porque o Oshieoyá-Samá arca com a responsabilidade perante Deus, durante o dia e a noite, sacrificando o seu corpo”.

Segundo a literatura peelista, “diariamente, no mundo inteiro, muitas pessoas estão sendo salvas por meio do Oyashíkiri e do Omigawari. Essas preces surgem no corpo de Oshieoyá-Samá como sofrimentos e vão-se acumulando gradativamente. Em uma cerimônia de agradecimento, Oshieoyá-Samá restitui todos os sofrimentos acumulados no seu corpo e faz o Shikiri [bênção] para poder retornar ao estado original de pureza física. Nesse momento, Oshieoyá-Samá agradece a Deus por ter podido substituir os adeptos em seus sofrimentos e transmitir os ensinamentos e, ao mesmo tempo, devolve a Deus todos esses sofrimentos físicos acumulados durante o mês e renova o Shikiri, no sentido de poder receber novamente os sofrimentos dos adeptos por mais um mês. Isso é o ato sagrado de receber a obra divina de Oshieoyá-Samá”.

Como observamos, Takahito Miki furta títulos e funções que só pertencem a Jesus Cristo.

Jesus é o nosso único salvador (At 4.12).

Jesus sofreu por nossos pecados e enfermidades (Is 53.4).

Jesus é o único que pode transmitir a vontade de Deus e perdoar pecados (Mt 9.6; Hb 1.1).

Jesus é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6).

Jesus Cristo deu provas de tudo isso.

Quanto ao patriarca da PL, já não podemos dizer o mesmo.

Idolatria, superstições e crendices

A PL não poupa esforços em atacar aquilo que considera superstições das outras religiões. Contudo, se existe uma religião cheia de crendices e superstições, esta, com certeza, é a PL.

Ao ingressar na seita, o adepto recebe um pacote de amuletos de vários modelos, altares, rezas e juramentos que precisam ter e praticar para adquirir proteção, tanto física como espiritual.

Somente para citarmos dois exemplos, vejamos como é flagrante o caráter fetichista da PL:

“O amuleto é exclusivamente individual, e o Shikiri [bênção] foi inserido de modo a proteger somente a quem o solicitou. Não terá valor para outra pessoa. E como é utilizável apenas para aquela pessoa, em caso de falecimento, deverá ser purificado mediante a incineração. Entretanto, se o adepto desejar, poderá solicitar reinserimento para algum parente próximo [...] Não se deve esquecer disso, principalmente em se tratando de ‘amuleto anelar’”.

Além desse “amuleto anular”, há o “tesouro da sorte”, outro amuleto distribuído no início do ano, dentro do qual há a seguinte oração: “Que o portador deste Tesouro da Sorte seja agraciado com a providencia divina do decorrer do ano”. Tal amuleto deve ser guardado na carteira do adepto.

Ainda sobre crendices, a PL possui um altar para as rezas chamado Omitamá. Os adeptos acreditam que, por intermédio desse altar, seus desejos e pedidos são ouvidos por Deus, que lhes abrirá o caminho da felicidade. Assim que ingresso no grupo, o seguidor da PL cultua um Omitamá, chamado Aramitama, dando início, dessa forma, à sua vida religiosa. Tal como os demais, esse altar também é sagrado. Existem cerimônias especiais para entronizá-lo (no lar, na loja ou na empresa) ou transferi-lo, em caso de mudanças. Para os peelistas, esse altar é a verdadeira imagem de Deus. Há vários tipos deles. Vejamos:

O Omitamá oficial que, uma vez introduzido, não pode ser trocado, a não ser em caso de mudanças. Por causa desse inconveniente, inventaram o Omitamá portátil, que pode ser transportado dentro do lar.

Os Omitamás A, B e C, considerados especiais. O tipo B só pode ser concedido depois que o kyoto (adepto que cultua o omitamá) já possui o tipo A. Sendo um pouco menor que o do tipo A, o tipo B é destinado a aberturas de filiais de empresas. O tipo C, por sua vez, é para carros, motocicletas, helicópteros, barcos. O seu objetivo é garantir a segurança do veículo.

Diante de tanto fetiche, perguntamos: “A PL é uma seita supersticiosa ou não?”.

Que o leitor tire as suas próprias conclusões.

Teologia inconsistente

O grupo não possui uma teologia definida. Seus ensinamentos são vagos e ambíguos. A seguir, exporemos alguns conceitos doutrinários vistos pela ótica peelista:

Sobre a vida após a morte

Apesar de acreditarem na existência dos espíritos, os adeptos da PL não possuem uma definição exata sobre a vida após a morte. Dizem: “As religiões tradicionais, que se proclamam como sendo as verdadeiras, asseguram a existência da vida post-mortem. Eu, porém, acho essa questão um tanto duvidosa”.

Trata-se de uma religião de auto-salvação, em que cada um se redime por meio de seus próprios esforços com a ajuda de seu fundador. Sua soteriologia é hedonista. Crêem que a pessoa, quando morrer, retorna ao além. Não há inferno ou punição, todos são salvos, não sendo levado em conta o que tenham feito aqui na terra, pois pressupõem que todos são filhos de Deus. Por isso, para eles, a salvação implica em ter uma vida livre de sofrimentos, mesmo quando falam em salvação “espiritual”.

É lógico que esse tipo de salvação é de origem humana. Nenhum ensinamento, prece ou obras poderá garantir a salvação da humanidade. Ressaltando que o homem possui uma alma que pode se perder eternamente, a Bíblia afirma que Jesus é o nosso único salvador (At 4.12). Somente Jesus foi o escolhido para nos salvar dos nossos pecados (Mt 1.21). Se alguém se coloca nessa posição, faz de si mesmo um anticristo. Somente alguém puro e sem pecados poderia tomar o lugar dos culpados (1Pe 3.18). Nenhum homem, por mais sábio ou abnegado que seja, poderá fazer isso, pois todos são pecadores e carecem igualmente da salvação oferecida por Jesus, e o patriarca da PL não é exceção (Rm 3.23).

A Bíblia Sagrada nos dá uma perspectiva muito mais clara da vida no além (Lc 16.19-31) e, para aqueles que seguem a Jesus, bastante positiva (Lc 23.43). Por outro lado, os adeptos da PL, que confiam em seu patriarca, não possuem nenhuma segurança após a morte, pois sua religião é imediatista, é para o aqui e o agora, regida pelo “bebamos e comamos que amanhã morreremos”. Quão diferente é a promessa de Jesus! Além de prover salvação em todos os sentidos nesta vida, promete uma nova vida junto a Cristo no céu (Jo 14.1).

Sobre Deus

A doutrina de Deus na PL, ora panteísta, ora deísta, é ambígua. Todavia, em algumas declarações expostas em sua literatura, o panteísmo da doutrina que prega fica totalmente descoberto: “Compreendemos que Deus é a ‘Fonte’, a ‘Força’ que rege o Universo [...] Vivemos, pois, como parte desse Universo e, portanto, como parte de Deus...”. “Na PL, ouvimos dizer que ‘Deus é tudo’. A sociedade, os fenômenos naturais do planeta, além de todo o mundo espacial juntos, denominamos de Deus”.

Seja qual for o deus adorado na PL, uma coisa é certa: ele não se preocupa com o ser humano, porque, seguindo a ótica deísta, afirmam: “Deus em si mesmo é completamente frio [...] Alheio às emoções humanas, Ele tão-só existe silenciosa e profundamente por toda a eternidade”.

O deus da PL se funde com a própria criação, por isso é um deus frio. Então, perguntamos: “Qual é a vantagem em seguir um deus assim?”. Muito embora saibamos que o verdadeiro Deus é transcendente à sua criação, também sabemos que isso não implica, de modo algum, que Ele esteja longe de nós, como afirma o deísmo. Segundo a Bíblia, o Deus verdadeiro se compadece de seu povo (Êx 3.7), e está presente em todos os momentos de nossa vida (Mt 28.20). Embora essa imanência seja tão forte, a ponto de o Senhor Deus vir morar dentro de nós (Jo 14.23), o Deus verdadeiro está fora da criação, não se confundindo com ela. Só Jesus veio nos revelar o verdadeiro Deus (Jo 17.3).

Sobre culto aos mortos

Esse culto é muito importante para a felicidade do adepto, que acredita que, ao morrer, os antepassados podem deixar para seus descendentes uma herança de desvirtudes que, como um tipo de maldição hereditária, alcançam os membros da família, só sendo tiradas quando se presta culto aos mortos, agradecendo e pedindo perdão. Por isso, ao acordar e ao deitar, o peelista precisa fazer uma prece contida no seu livro de oração, cuja recitação começa com as seguintes palavras: “Perante Mioyaookami [Deus] e os espíritos dos ancestrais de todas as gerações da família...”.

Existem até cultos oficiais para várias ocasiões. Aos antepassados, para lhes agradecer, lembrando o que fizeram, podendo até conversar com eles. Para tomar a decisão de seguir o caminho correto. Para acumular virtudes. E para pedir a proteção dos mortos em todas as nossas necessidades, aflições e/ou objetivos.

Isso já é muito. Mas eles vão além. No momento do culto, acreditam que podem transportar a alma da pessoa falecida para dentro do Omitamá. Quando do falecimento de algum membro da família, deve, principalmente, ser realizada a “cerimônia de transladação” da alma do extinto. O ritual serve para transladar o espírito da pessoa que faleceu para o Omitamá de kyoto, e deve ser efetuado dentro de 24 horas após a morte) Em outras palavras, podemos dizer que se trata de uma nova roupagem para o animismo.

Esses são os absurdos de uma religião que promete a liberdade ao ser humano, mas está presa ao pecado da superstição, da feitiçaria e da idolatria. A Bíblia condena esse tipo de atitude para com os mortos, e por diversas razões. Primeiro, porque os mortos não podem voltar ao mundo dos vivos (Lc 16.26) e não sabem nada que se passa por aqui (Ec 9.5). Segundo, porque invocar espíritos de mortos é feitiçaria, e isso é condenado pela Bíblia (Dt 18.11; Is 8.19,20).

A verdadeira liberdade com que Cristo nos libertou

Depois desta breve análise, podemos dizer, sem medo de errar, que a PL não tem capacidade de cumprir o que promete, ou, como diz Pedro, “prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção” (2Pe 2.19).

Creio que este rápido confronto entre as doutrinas peelistas e os ensinamentos cristãos foi suficiente para provar a superioridade dos ensinamentos de Jesus, os quais continuam atuais, pois suas palavras são “espírito e vida”, portanto, não morrem nem ficam obsoletos (Jo 6.63). Reafirmamos o seguinte: a doutrina de Cristo é a única capaz de levar o homem à verdadeira felicidade e salvação, livre de erros, superstições, crendices e idolatrias, tão presentes na PL.

É por isso que conclamamos, com amor, a todos os peelistas: abandonem essa religião enquanto é tempo e encontrem a perfeita liberdade em Cristo Jesus, porque “para a liberdade Cristo nos libertou” e “onde está o Espírito do Senhor aí há verdadeira liberdade” (2Co 3.17; Gl 5.1, respectivamente).


Notas de referência:

1 Instruções para a vida religiosa PL, p.186.

2 Boletim assistente de mestre, nº 8, 1983.

3 Boletim Assistente de mestre: ensinamentos gerais, p.6.

4 Manual de assistente de mestre, p.27-8.

5 Manual de assistente de mestre: ensinamentos gerais, sem página.

6 Boletim Assistente de mestre, nº 8, 1983.

7 Folheto: Vida é arte – em busca da paz.

8 Boletim Assistente, nº 30, março/abril, 1998, p.5.

9 Boletim Assistente de mestre, nº 10, 1983.

10 Livrete de orações da PL – prece da manhã – individual.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Culto a Deusa Mãe - Por Hélio de Souza - Matéria postada na ICP

“...todos unanimemente levantaram a voz, clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios” (At 19.34)


“E m dado momento, abrem-se par em par as portas de cipreste do templo. As multidões que convergiam de todas as partes da Ásia Menor, da Galácia, da Capadócia, da Macedônia e da Acaia, tanto sãos como enfermos, aleijados com as suas muletas, cegos guiados por crianças, paralíticos carregados em padiolas, se comprimem entre as colunas fronteiras à fachada. Todos esperam o momento de erguer-se o véu da deusa.

“Um longo clangor de trombeta, um rápido estrurgir de tambores e, em seguida, um intervalo de silêncio. Uma nuvem de incenso paira na praça. Dentro e fora do templo os fiéis se prosternam retendo o fôlego. O véu de seda é lentamente retirado. Sobre o pedestal de mármore negro, cercado de misteriosos hieróglifos indecifráveis, ergue-se a deusa Diana de Éfeso, que Apolo enviou do céu à terra.

“No momento em que foi desvendado, um brado comovido se propagou do salão para o pórtico e do pórtico para a praça, onde milhares de fiéis estavam prostrados em terra.

- Viva a grande Diana dos efésios!

“Um êxtase de esperança e de temor dominou a multidão que se quedou de olhos fechados, lábios contraídos e frontes a se tocarem uma nas outras... Levantando-se então os fiéis seguiram de roldão para as portas do templo. Os cegos, os coxos e os enfermos avançavam como podiam, com os pés ou de rastos, em direção à deusa que não viam, amparando-se uns aos outros e gritando suas orações. Aqui e ali vozes delirantes soavam:

– Milagre! Milagre! O coxo está caminhando! O enfermo desceu da cama!

“A esses brados saía do templo um grupo de sacerdotes e, atravessando a multidão, eles reuniam as muletas jogadas fora, para pendurá-las como troféus nas paredes do templo, em homenagem à grande deusa Diana”.1

Com essas palavras, o escritor judeu-cristão polonês, Sholem Asch, descreveu o culto à deusa Diana, tão popular na região da Ásia Menor, nos primórdios da Era Cristã. Como podemos conferir, qualquer semelhança com os cultos modernos às chamadas “Nossas Senhoras” não é mera coincidência, mas perpetuação de uma milenar tradição de culto a deusas, hoje disfarçada com matiz cristã. E não estamos falando de uma pequena seita obscura, existente em algum povo atrasado em um país exótico, mas de uma religião que possui milhões de adeptos, com uma força de devoção que chega à beira da loucura: o “marianismo”.

E não é preciso ser teólogo para perceber isso. Qualquer conhecedor de História pode constatar. Em uma revista de circulação nacional foi publicada uma matéria com o título: “No princípio, eram as deusas”.

O texto se desenvolve da seguinte forma: “As deusas só foram destronadas com o advento das religiões monoteístas, que admitem um só deus, masculino. Com a difusão do cristianismo, as antigas deusas são banidas do imaginário popular. No Ocidente, algumas acabaram associadas à Virgem Maria, mãe do Deus dos cristãos, outras se transformaram em santas... Nos primeiros séculos cristãos, Ísis passou a ser identificada com Maria”.

O historiador Will Durant em sua História da Civilização diz: “O povo adorava-a (Isis) com especial ternura e erguia-lhe imagens, consideravam-na Mãe de Deus; seus tonsurados sacerdotes exaltavam-na em sonoros cantos...e mostravam-na num estábulo, amamentando um bebê miraculosamente concebido...Os primitivos cristãos muitas vezes se curvavam diante das estátuas de Ísis com o pequeno Hórus ao seio, vendo nelas outra forma do velho e nobre mito pelo qual a mulher , criando todas as coisas, tornou-se por fim a Mãe de Deus (grifo do autor) 2”.

Status de deusa

O paganismo não se conformou em ficar sem suas deusas. Assumindo características culturais e étnicas de cada nação, o culto à deusa Maria foi se adaptando à devoção popular com uma versatilidade incrível. Desde suntuosos santuários até silhuetas em vidros e grãos de milho, inúmeras aparições no mundo inteiro dão status de deusa a estas supostas aparições, incorporando-as ao acervo popular de inúmeras nações.

No Brasil, a chamada “Senhora Aparecida” possui traços raciais negros e seu culto está muito ligado à cultura afro.

Seu santuário, na cidade de Aparecida, chega a receber 6,5 milhões de visitantes por ano. Em Portugal, a deusa Maria, conhecida como “Senhora de Fátima”, assume características raciais européias, bem como a “Senhora de Lourdes”, na França. Elas recebem, respectivamente, cerca de 4,2 milhões e 5,5 milhões de visitas por ano. Entre outras divindades nacionais, ainda podemos citar a “Senhora de Guadalupe”, no México, e a “Senhora da Estrela da Manhã”, no Japão.

Não é óbvio presumirmos que as antigas divindades tutelares reverenciadas no passado apenas mudaram de nome? Diana para os efésios, Nun para os ninivitas, Ishtar para os babilônios, Kali para os hindus e, assim, continuam sendo cultuadas por meio de um pseudocristianismo.

Além de divindades nacionais, o marianismo assume características regionais e funcionais, assenhoreando-se de cidades e regiões, assumindo diferentes nomes e funções. Assim, temos no Brasil a “Nossa Senhora do Monte Serrat”, “Nossa Senhora do Rosário”, “Nossa Senhora das Dores”, “Nossa Senhora das Graças” e “Nossa Senhora do Parto”, entre outras. Na verdade, muito do que as estatísticas chamam de cristãos não passam de grosseiros pagãos, aprisionados por superstições e servindo a falsos deuses.

Curiosa é a descrição da deusa Diana feita por R.N. Champlin. Esse renomado teólogo diz que a deusa Diana e a deusa Maria se confundem, o que torna difícil encontrar a diferença entre a “Diana dos efésios” e a “Maria dos efésios”. Em 431 d.C., a idolatria tornava a entrar pela porta de onde saíra: “Em Éfeso ela recebeu as mais altas honrarias. De acordo com uma inscrição existente no local, ela trazia estes títulos: Grande Mãe da Natureza, Patrocinadora dos Banquetes, Protetora dos Suplicantes, Governanta, Santíssima, Nossa Senhora, Rainha, a Grande, Primeira Líder, Ouvidora...”2 (grifo do autor).

A ascensão de Maria

Segundo o catolicismo, “finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. A assunção da Virgem Maria é uma participação singular na ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos”.3

Qualquer conhecedor das Escrituras fica aborrecido diante de tamanha distorção. A humilde camponesa de Belém, que singelamente aceitou sua missão de ser a mãe de Jesus, foi, ao longo dos séculos, transformada em uma divindade pagã.

Em toda a Bíblia, a figura de Maria não recebe qualquer posição especial com relação a Jesus ou ao plano de salvação:

• Jesus não a chamava de mãe, mas de mulher (Jo 4.4; 19.26);

• Aos que a definiram como sua mãe Ele fez questão de mostrar que seus familiares são os seus seguidores (Mt 12.46-50);

• Quando quiseram atribuir alguma honra a Maria pelo fato de ter dado à luz a Jesus, Ele fez questão de mostrar que há honra maior em obedecer a Deus (Lc 11.27-28);

• Nenhum dos apóstolos fez qualquer menção a ela, seja Paulo, Pedro, Tiago, João ou Judas.

Mas quando olhamos para o marianismo, não vemos apenas uma ascensão física, mas uma ascensão de importância que vem, através dos séculos, transformando a mãe de Jesus na figura central do Catolicismo e, conseqüentemente, da fé popular.

Como isso foi possível? Como a Igreja Católica pôde transformar uma figura que não recebeu nenhum destaque no Novo Testamento na peça mais importante de sua religião? Como essa igreja conseguiu, em nome do Cristianismo, desobedecer ao mandamento tão claro: “Não terás outros deuses diante de mim?” (Ex 20.3).

A tolerância, no entanto, é uma faca de dois gumes que, se exagerada, pode permitir que uma virgem se torne uma meretriz: “Mas tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se diz profetisa. Com o seu ensino ela engana os meus servos, seduzindo-os a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas aos ídolos” (Ap 2.20).

Quando os verdadeiros crentes precisaram tomar uma atitude mais severa, eles se calaram e a conseqüência disso foi a forte idolatria que se camuflou com o título de cristianismo. Assim, com o passar dos anos Maria foi acumulando títulos, adquirindo mais prestígio do que a própria Trindade.

Além da conhecida designação de “Nossa Senhora”, ela recebeu outras nomeações, como Medianeira, Imaculada (sem pecado), Mãe dos Homens, Mãe da Igreja, Rainha dos Céus, Co-redentora etc. A força de seu culto supera qualquer outro movimento dentro do Catolicismo.

A mariolatria continua mais forte do que nunca

A devoção às deusas do catolicismo cresceu nas últimas décadas e continua crescendo. Por meio de abaixo-assinado na internet para pressionar o papa João Paulo II (matéria escrita antes de sua morte)a conceder a Maria de Nazaré o que os católicos chamam de “Quinto Dogma”, cinco milhões de assinaturas já foram levantadas. O “Quinto Dogma”, título oficial de co-redentora da humanidade, confere à santa a posição de quarta pessoa da Trindade.



O movimento que busca essa “conquista” chama-se Vox Populi Mariae Mediatrice e é liderado pelo “teólogo” Mark Miravalle, professor da Universidade Franciscana de Steubenville, no estado de Ohio, EUA. Pelo menos 500 bispos e 42 cardeais já assinaram o abaixo-assinado, conforme matéria publicada pela revista Tudo em setembro de 2001.

O papa  foi e é um dos grandes fomentadores desse culto idólatra. O lema de seu brasão de pontificado, Totus tuus, significa sua entrega total a Maria. Sua primeira viagem, 13 dias após a eleição, foi a um santuário mariano nas proximidades de Roma. Desde então, o papa não perde a oportunidade de reafirmar seu culto à mãe de Jesus e de lembrar que foi “Nossa Senhora de Fátima” quem o salvou do atentado a tiros que sofreu em 1981.

No século XX, foram registradas em todo o mundo cerca de 200 supostas aparições da virgem Maria. Os dogmas da imaculada conceição e da assunção de Maria, proclamados no século XIX, colaboraram para todo esse entusiasmo.

Lamentamos o fato de que a humilde Maria não tem nenhuma culpa em toda essa idolatria cometida em seu nome. Com certeza, as rezas, os cânticos, os sacrifícios e as promessas não vão para ela que, assim como os demais servos do Senhor, também está aguardando a ressurreição dos mortos.

A história do concílio de Éfeso

O concílio de Éfeso não instituiu a adoração a Maria, apenas sancionou-a. Até então se tratava de um sentimento religioso popular. Depois disso, passou a ser matéria teológica. Pior que uma prática idólatra permitida é uma prática idólatra teologicamente defendida. E foi justamente isso que esse concílio significou para o cristianismo: o passaporte de entrada da deusa Diana para dentro da Igreja Cristã.

Hoje, fala-se muito do concílio de Éfeso como “uma questão cristológica”. O que estava em jogo não era se Maria deveria ser chamada de mãe de Deus ou não, mas se o Filho nascido dela possuía apenas a natureza humana ou as duas naturezas: a humana e a divina. O resultado positivo foi o estabelecimento da natureza hipostática de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Mas a deturpação veio de carona. Todo o ambiente que cercou esse Concílio foi repleto de intrigas, corrupções, ódios e idolatria, mais especificamente idolatria mariana. O historiador Edward Gibbon referiu-se ao concílio de Éfeso como um “tumulto episcopal, que na distância de treze séculos assumiu o venerável aspecto de Terceiro Concílio Ecumênico”.4

Nestor, patriarca de Constantinopla, se recusava a conferir o título de “Mãe de Deus” a Maria. “Na Síria, a escola de Nestor tinha sido ensinada a rejeitar a confusão das duas naturezas, e suavemente distinguir a humanidade de seu mestre Cristo da divindade do Senhor Jesus. A bendita virgem era honrada como a mãe do Cristo, mas os seus ouvidos foram ofendidos com o irrefletido e recente título de Mãe de Deus, que tinha sido insensivelmente adotado desde a controvérsia ariana. Do púlpito de Constantinopla, um amigo do patriarca e depois o próprio patriarca, repetidamente pregou contra o uso, ou o abuso, de uma palavra desconhecida pelos apóstolos, não autorizada pela igreja, e que apenas tendia a alarmar os tímidos”, diz Gibbon (grifo do autor).

Cirilo, então bispo de Alexandria, acusou-o de heresia e tratou rapidamente de convencer Celestino, bispo de Roma, de seu ponto de vista. Para resolver a questão, foi então decidido um Concílio Universal, sediado na cidade de Éfeso, na Ásia Menor, que ficaria acessível tanto por mar quanto por terra, para ambas as partes conflitantes.

Cirilo usou todos os artifícios para persuadir o povo a tomar seu partido. Vejamos o que disse Gibbon a respeito: “O despótico primado da Ásia (Cirilo) dispôs prontamente de trinta a quarenta votos episcopais: uma multidão de camponeses e os escravos da Igreja foram derramados na cidade para sustentar com barulhos e clamores um argumento metafísico; e o povo zelosamente afirmou a honra da Virgem, de quem o corpo repousava dentro dos muros de Éfeso. O navio que havia transportado Cirilo de Alexandria foi carregado com as riquezas do Egito; e ele desembarcou um numeroso corpo de marinheiros, escravos e fanáticos, aliciados com cega obediência sob a bandeira de São Marcos e a mãe de Deus. Os pais e ainda os guardas do concílio estavam receosos devido àquele desfile esplendoroso de roupas guerreiras; os adversários de Cirilo e Maria foram insultados nas ruas ou destratados em suas casas; sua eloqüência e liberalidade fizeram um acréscimo diário ao número de seu aderentes...

“Impaciente com uma demora que ele estigmatizou como voluntária e culpável, Cirilo anunciou a abertura do Sínodo dezesseis dias após a Festa do Pentecoste. A sentença, maliciosamente escrita para o novo Judas (isto é, Nestor), foi afixada e proclamada nas ruas de Éfeso: os cansados prelados, assim que publicaram para a igreja com respeito à mãe de Deus, foram saudados como campeões, e sua vitória foi comemorada com luzes, cantos e tumultos noturnos.

“No quinto dia, o triunfo foi obscurecido pela chegada e indignação dos bispos orientais (do partido de Nestor). Em um cômodo da pensão, antes que ele tivesse limpado o pó de seus pés, João de Antioquia tinha dado audiência para Candidian, ministro imperial, que relatou seus infrutuosos esforços para impedir ou anular a violenta pressa dos egípcios. Com igual violência e rapidez, o Sínodo Oriental de cinqüenta bispos degradou Cirilo e Memnon de suas honras episcopais; condenou, em doze anátemas, o mais puro veneno da heresia apolinária; e descreveu o primado alexandrino (Cirilo) como um monstro, nascido e educado para a destruição da igreja.

“Pela vigilância de Memnon, as igrejas foram fechadas contra eles, e uma forte guarnição foi colocada na catedral. As tropas, sob o comando de Candidian, avançaram para o assalto; as sentinelas foram cercadas e mortas à espada, mas o lugar era inexpugnável; os sitiantes retiraram-se; sua retirada foi perseguida por um vigoroso grupo; eles perderam seus cavalos e muitos soldados foram perigosamente feridos com paus e pedras. Éfeso, a cidade da virgem, foi profanada com ódio e clamor, com sedição e sangue; o sínodo rival lançou maldições e excomunhões de sua máquina espiritual; e a corte de Teodósio ficou perplexa pelas narrativas diferentes e contraditórias dos partidos da Síria e do Egito. Durante um período tumultuado de três meses o imperador tentou todos os meios, exceto o mais eficaz, isto é, a indiferença e o desprezo, para reconciliar esta disputa teológica. Ele tentou remover ou intimar os líderes por uma sentença comum de absolvição ou de condenação; ele investiu seus representantes em Éfeso com amplos poderes e força militar; ele escolheu de ambos os partidos oito deputados para uma suave e livre conferência nas vizinhanças da capital, longe do contagioso frenesi popular.

“Mas os orientais se recusaram a ceder e os católicos, orgulhosos de seu número e de seus aliados latinos, rejeitaram todos os termos de união e tolerância. A paciência do manso imperador Teodósio foi provocada, e ele dissolveu, irado, este tumulto episcopal, que na distância de treze séculos assumiu o venerável aspecto de Terceiro Concílio Ecumênico. ‘Deus é minha testemunha’, disse o piedoso príncipe, ‘que eu não sou o autor desta confusão. Sua providência discernirá e punirá o culpado. Voltem para suas províncias, e possam suas virtudes privadas reparar o erro e o escândalo deste encontro’.

“(...) os abades Dalmácio e Êutico tinham devotado seu zelo à causa de Cirilo, o adorador de Maria, e à unidade de Cristo. Desde o primeiro momento de sua vida monástica eles nunca tinham se misturado com o mundo ou pisado no chão profano da cidade. Mas neste terrível momento de perigo para a igreja, seus votos foram superarados por um mais sublime e indispensável dever. À frente de uma ordem de eremitas e monges, carregando archotes em suas mãos e cantando hinos à mãe de Deus, eles foram de seus mosteiros ao palácio do imperador”5

Longe de ser uma disputa teológica, na qual a Palavra de Deus era o padrão da verdade, essa foi uma guerra política, ocasião em que Maria foi proclamada a “mãe de Deus”, iniciando uma ascensão que fez dela a deusa que é hoje.

Nem todas as sutilezas teológicas produzidas pelo catolicismo terão poder de inocentar os milhões apri-sionados na idolatria mariana. Nenhum longo tratado, nenhuma citação da patrística e nenhuma alegação da tradição serão suficientes para apagar dessas almas manchadas o envolvimento com essas entidades que se intitulam “Senhoras”. São mais de quinze séculos de práticas pagãs, justificadas por argumentos ilegítimos, tentando tornar aceitável o inaceitável.

Mas o fundamento de Deus permanece. “Não terás outros deuses diante de mim”, diz o Senhor. E muito menos deusas!

Bibliografia:

“O Novo Testamento interpretado versículo por versículo”. R.N. Champlin, Candeia.

“O Apóstolo”. Sholem Asch. Companhia Editora Nacional.

“Virgem Maria”. Aníbal Pereira dos Reis. Edições Caminho de Damasco.

Decline and Fall of Roman Empire. Edward Gibbon. Encyclopaedia Britannica. INC. Vol II

Revista “Tudo”. Setembro/2001

A História da Civilização – Nossa Herança Oritental. Will Durant, Ed. Record. Vol I.

Notas:

1 O Apóstolo. Sholem Asch, pp.386-387.

2 Revista Super ieressante de agosto 1988. número 8, ano 2.

2 O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. R.N. Champlin. Candeia, p .431.

3 CIC, p. 273, item 966.

4 Declínio e Queda do Império Romano. Vol II.

5 Decline and Fall of Roman Empire. Edward Gibbon. Encyclopaedia Britannica. INC. Vol II, pp. 140-142.