sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Bispos católicos admitem que a Bíblia possa trazer problemas às doutrinas Católicas Romanas


Quando a bíblia foi traduzida para a linguagem “vulgar”, a do povão, quando Lutero iniciou a sua tradução para que todos pudessem ter a bíblia em mãos, a preocupação dos religiosos veio a tona. Como algumas doutrinas iriam ser aceitas pelo povo se a bíblia diz o contrário?
De fato, este momento da hsitória nos faz pensar sobre todo e qualquer líder religioso, seja ele catolico ou não, que se acha acima das Escrituras Sagradas. O que ensinam? Qual é a base bíblica para o que ensinam? Em que se baseiam? Na harmonia da teologia geral ou apenas em versículos soltos ao vento?
Vamos ver o que aconteceu na história...

O papa convocou três bispos, dos mais sábios, e lhes confiou a missão de estudarem com cuidado o problema e apresentarem as sugestões cabíveis. Ao final dos estudos, aqueles bispos apresentaram ao papa (Júlio III) um documento intitulado:"DIREÇÕES CONCERNENTES AOS MÉTODOS ADEQUADOS A FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA"

Tal documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088, vol. 2, págs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte:

"Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade, deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a atenção e cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho, especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição.

O pouco dele que se costuma ler na Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não devia ser permitido a ninguém. Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarão.


Em suma, aquele livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro tem levantado contra nós esses torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos.

De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrária a ele; o que se o povo souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande cuidado, para não provocar tumultos"


Bolonie, 20 Octobis 1553 Vicentius De Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus


Fonte: http://boasnovas.0catch.com/naoler.htm

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