quarta-feira, 2 de setembro de 2009

HABEMUS PAPA!

O Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana, na edição típica vaticana, n° 891 deixa relatado o seguinte: “Goza de Infabilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargo, quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e os costumes... A infabilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro...”

Há pouco tempo atrás, a Igreja Católica Apostólica Romana estava atenta para os minutos finais da vida do Papa João Paulo II, intitulado pelos católicos como o “João de Deus”, após a sua morte, se deu início a mais um Conclave para escolher o seu substituto.

O povo aguardava com ansiedade para conhecer o próximo papa até que o alemão Joseph Ratzinger de 78 anos saiu na Janelinha. Durante o seu pontificado, ele pode escolher o nome que quer ser chamado - Benedito XVI.

O nome escolhido tem uma ligação com o seu nascimento, 16 de Abril de 1927, dia de São Bento e a sua escolha veio homenagear Giacomo della Chiesa, papa que reinou em 1914 a 1922, que também escolheu o nome de Benedito. CONCLAVE – Votos Café com Leite?Algumas palavras diante das câmeras de Tv e artigos dos quais estiveram nas revistas seculares e especializadas em catolicismo me deixaram pensando sobre a maneira que a Igreja Católica Apostólica Romana (a qual a partir de agora eu estarei chamando por ICAR) escolhe os seus sucessores.

Em primeiro lugar, o candidato à sucessão papal não pode ter menos que 60 anos.

A explicação dada pelos padres Brasileiros que estiveram nos programas de TV é a seguinte “É que o Papa não pode ter um pontificado longo!”, ora, se o cargo ocupado é “escolhido pelo Espírito Santo e se é Deus quem o escolhe - pergunto: Não seria bom alguém com menos idade?

Pois sabemos que quanto mais idoso, a Saúde fica debilitada! Outra questão: Se o escolhido foi pelo Espírito Santo, qualquer pessoa que fosse escolhida teria posições abençoadas, seria também infalível em ensinar as escrituras (a tradição ensina que o papa é o sucessor de Pedro e possui uma posição eclesiástica superior a qualquer outro, mesmo quando se dá no ensino das escrituras), então a idade não seria nenhum problema.

A bíblia já nos alerta que os nossos dias chegam aos 70 como um conto ligeiro e que se alguns pela sua robustez chegam aos 80, o orgulho deles é canseira e enfado (Salmos 90 v.9-10). Nesta mesma posição sobre a idade, deixo outra pergunta:

- Será que o Espírito Santo não é capaz de capacitar uma pessoa jovem para ser o pontífice?

O mais interessante é que os cardeais maiores de 80 anos são café com leite, o seu voto não vale para a escolha do papa! Isto me fez lembrar as brincadeiras de criança, o pega – pega, a criança que não tinha condições brincava mais não valia nada. Apenas participava para não ficar chateada ou triste.

É claro que a idade pode influenciar nos compromissos assim estabelecidos como viagens, mas qual seria o problema de votar?

Mais uma vez cito as Escrituras:

Jô cap.12v. 12- 13:Com os idosos está à sabedoria, e na longevidade o entendimento. Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento tem.”

Esta é a pergunta que fica para a ICAR responder sobre o Conclave, mas o nosso assunto não é este.

Diante disto eu apenas tenho que dizer que se as nossas escolhas estiverem debaixo da vontade de Deus e, se Deus estiver em nós, não importa a idade.

O princípio da sabedoria é o temor a Deus.

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